A execução de uma mulher, identificada como Fabíola Floquet Miranda Caldas, trouxe de volta à tona uma antiga rivalidade no bairro do Alto das Pombas, em Salvador. A vítima foi surpreendida no domingo (9/10), por pelo menos um homem armado. Ela chegou a ser socorrida para o Hospital Geral do Estado, mas não resistiu aos ferimentos.
Apuração da reportagem do Aratu On aponta que Fabíola não tinha passagens pela Polícia Civil, mas era filha de Selma Floquet, que já foi apontada como liderança do tráfico na região. A família Floquet, inclusive, dominou, por vários anos, a venda de drogas nos bairros do Alto das Pombas e Calabar, mas acabou perdendo parte do seu poder nos últimos anos. Oficialmente, a Polícia Civil diz apenas que o caso de Fabíola está sendo apurado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa. Pelas primeiras informações, passadas por moradores, a execução não teria relação com o comando do tráfico.
A família Floquet teve homens e mulheres que se revezavam no comando das ações criminosas. Tudo isso mudou quando Averaldo Ferreira da Silva Filho, o “Averaldinho”, chegou na região e se colocou como rival da família. A perda da força dos Floquet ficou ainda mais evidenciada após a morte, durante uma operação da Polícia Militar, de Edeílson da Silva Miranda, conhecido como “Coco”, em 2019. Ele, inclusive, é parente de Fabíola Caldas.
De acordo com a corporação, guarnições da 41ª Companhia Independente faziam patrulhamento na região quando se depararam com dois homens armados, que atiraram. Houve revide e um deles acabou ferido. O suspeito chegou a ser encaminhado para o Hospital Geral do Estado, mas não resistiu aos ferimentos. A história de “Coco” ficou conhecida e “famosa” após uma reportagem da TV Aratu em 2011, no Calabar. Enquanto o repórter questionava duas mulheres sobre o paradeiro de “Coco”, uma delas se revolta e grita: “olha Coco aqui”, enquanto fazia diversos gestos obscenos.
