O Tribunal do Júri de Carinhanha condenou Elizabete de Souza Castro a 12 anos e quatro meses de prisão em regime fechado nesta segunda-feira (21) por decepar o pescoço da bebê Beatriz dos Santos, de 45 dias, em Iuiu, no sudoeste da Bahia.
O julgamento desta segunda-feira ocorreu após o primeiro ser anulado, por nulidade de erro na quesitação. O Tribunal do Júri já havia sido condenado Elizabete em março de 2019.
Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), no dia 3 de julho de 2002, Elizabete foi à casa da mãe da recém-nascida para conhecer o bebê, que seria filha do seu esposo.
Elizabete pediu para levar o bebê alegando que seu esposo queria muito conhecer a filha e posteriormente registrar, mas ela usou uma navalha para decepar o pescoço da criança. Depois de cometer o crime, Elizabete deixou o corpo da criança ao lado da Lavanderia.
O advogado de defesa Custódio Lacerda Brito, alegou inimputabilidade, afirmando que sua cliente sofre de problemas mentais. Ele disse que no dia em que Elizabete cometeu o crime, ela ouvia vozes de uma mulher “preta”, a qual pedia para ela assassinar o bebê.
O representante do MP não reconheceu a inimputabilidade relativa alegada pela defesa. Ela foi condenada a pena-base em 18 anos e 6
Meses de reclusão, mas o juiz Arthur Antunes Amaro Neves reduziu em 1/3, pois reconhecida a semi-imputabilidade, fixando a Pena definitiva em 12 anos e 4 meses de reclusão.
Na época, o caso teve grande repercussão na cidade de Iuiu.
Folha do Vale
