A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro confirmou que seis suspeitos da Bahia estavam entre os mortos de uma grande operação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão, no dia 28 de outubro. Três desses indivíduos foram identificados como chefes do tráfico de drogas na Bahia.
A ação, que teve como alvo principal o Comando Vermelho (CV), facção com influência em diversos estados, resultou na morte de 121 pessoas, sendo 117 classificadas como suspeitos, segundo o balanço oficial.
Líderes Baianos Identificados:
Os baianos mortos e identificados como lideranças do tráfico são:
- Danilo Ferreira do Amor Divino (Mazola): Nascido em Feira de Santana, era considerado o chefe do tráfico na segunda maior cidade baiana. A polícia carioca o apontava como uma das lideranças com maior influência na conexão entre facções criminosas do Rio e da Bahia.
- Diogo Garcez Santos Silva (DG): Também atuante em Feira de Santana, possuía histórico policial por associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo.
- Fábio Francisco Santana Sales (FB): Natural de Alagoinhas, com registro policial por ameaça.
Expansão do CV na Bahia
A presença desses criminosos na operação no Rio reflete a expansão do Comando Vermelho na capital baiana e Região Metropolitana de Salvador. A facção carioca consolidou domínio em bairros como Nordeste de Amaralina, Vale das Pedrinhas, Santa Cruz, Cosme de Farias, Saramandaia, Liberdade, Tancredo Neves e em áreas de Lauro de Freitas (Portão, Areia Branca e Capelão).
Apesar da preocupação com possíveis retaliações na Bahia, o especialista em segurança pública e professor de Direito Penal, Luciano Bandeira Pontes, minimizou o risco imediato de ataques na capital. Em entrevista, ele avaliou que uma reação violenta seria contraproducente para os interesses da facção, que não buscaria mais operações em seu desfavor após a baixa sofrida no Rio de Janeiro.
As forças de segurança continuam investigando a atuação de líderes do Comando Vermelho fora do Rio, especialmente no interior baiano.
