O ex-presidente Jair Bolsonaro definiu o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como o nome da família para disputar a Presidência da República nas eleições de 2026. A informação foi confirmada na tarde desta sexta-feira, 5, pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, à revista VEJA.
“Confirmado. Flávio me disse que o nosso Capitão ratificou sua candidatura. Bolsonaro falou, está falado. Estamos juntos,” declarou Valdemar Costa Neto.
Pouco depois, o próprio senador utilizou suas redes sociais (X, antigo Twitter) para comunicar a decisão, classificando-a como uma “missão” para dar continuidade ao “projeto de nação”.
• Críticas ao Governo Lula: Em sua declaração, Flávio criticou a atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, citando o “escândalo do INSS”, o aumento da violência e a criação/aumento de impostos. Ele afirmou que não irá se conformar com o país caminhando para um “tempo de instabilidade, insegurança e desânimo”.
Repercussão no Mercado
A confirmação da candidatura de Flávio Bolsonaro não foi bem recebida pelo mercado financeiro.
• O dólar registrou alta, e a Bolsa brasileira (Ibovespa) teve uma queda brusca, perdendo o patamar de 160 mil pontos, após ter atingido um recorde mais cedo.
• Analistas de mercado sugerem que a notícia é vista como um fator que divide a oposição e enfraquece o lado político que poderia trazer maior austeridade fiscal, gerando incerteza sobre a trajetória fiscal e o compromisso com reformas.
Desempenho em Pesquisas
Segundo a última pesquisa AtlasIntel (realizada entre 22 e 27 de novembro), em um cenário de primeiro turno, Flávio Bolsonaro estaria atrás de Lula, com 23,1% das intenções de voto contra 47,3% do petista.
• Seu desempenho é, atualmente, inferior ao que seria registrado por outros nomes cotados da direita, como Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro.
• Flávio, no entanto, lidera a intenção de votos em dois segmentos: entre jovens de 16 a 24 anos e entre os evangélicos.
A escolha de Flávio contraria projeções que apontavam para uma disputa interna entre Michelle Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro pela herança política do ex-presidente, ou mesmo o apoio a nomes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
