Localizado a aproximadamente nove quilômetros da sede administrativa do município, o Povoado Mato Grosso é uma das localidades mais importantes de Sebastião Laranjeiras.
Porém, é um lugar com muita história e muita desta história precisa ser preservada, pois, os arquivos que guardam esses registros estão vivos e há raríssimos registros em documentos.
Segundo o Senhor Dely Vieira, por volta de 1880, provenientes de Paramirim-BA, os Cunhados Antonio Vieira dos Santos e Reginaldo Augusto da Silva, o Nadim. Cunhados pois Antonio Vieira era casado com Liduina, irmã de Reginaldo que era casado com Heloísa Vieira dos Santos, irmã de Antonio e procuravam sair da seca que assombra a região de origem dos mesmos.
Chegando aqui, havia um único dono, conhecido pelo prenome de Faustino. Só havia uma construção: Uma casa que existe até hoje, no restante, só mato.
Aos poucos foram vindo outros parentes dos dois desbravadores iniciais, como o sr. Manoel Joaquim da Silva, José Candido Duques, Candido Serafim (Veio de Rio de Contas) e Isaias Moreira (Veio de Livramento de Nossa Senhora), que compraram essas terras e próximas às nascentes de rios que havia na época e como a vegetação daqui era bem diferente da que eles tinham na região de Paramirim, o local ficou conhecido como Mato Grosso.
Quando já se fazia dez anos que eles se estabeleceram na região e eram católicos devotos da Santa Luzia, a santa que, segundo os católicos, foi uma mulher temente a Deus e foi presa pelos soldados e lhe arrancaram os olhos, no outro dia ela acordou como se nada tivesse acontecido (Fonte: Wikipedia), tornando-se a santa responsável pela cura da visão e fizeram uma pequena capela que hoje é o Salão Comunitário e na época, os irmãos Antonio Vieira e Heloísa Vieira fizeram uma promessa: Que se não agravasse os problemas na visão que tinham, fariam ano a ano uma novena como era em Paramirim e que até nos dias atuais é efetuada no mês de Dezembro, porém, antes era no mês de Junho ou Julho, após a festa do padroeiro Santo Antonio devido às chuvas do mês de dezembro, mas atualmente se comemora na data correta segundo o calendário católico. (Folha Sebastianense- Adaptação Tv Sebastião Laranjeiras)
Eu agora lendo para minha mãe Sissínia que é uma Duque da Silva antes do casamento com meu pai Durvalino José de Oliveira, (hoje é Duque de Oliveira) ela me disse que Manoel Joaquim da Silva era seu avô paterno.
Adorei ler esse conteúdo! obrigada.