Valdemar Costa Neto aponta Donald Trump como a “única esperança” para o cenário político brasileiro
Em uma entrevista recente à Jovem Pan, o presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou que a “única esperança” para a política brasileira é o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele reiterou o apoio total a Jair Bolsonaro e declarou que o partido acatará qualquer nome que o ex-presidente indicar para a corrida presidencial de 2026.
Costa Neto também criticou o que ele chama de perseguição judicial contra Bolsonaro, fazendo um paralelo com a situação de Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a ficar 580 dias preso antes de disputar as eleições. Em suas declarações, o presidente do PL citou diretamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e disse que o Brasil está passando por uma “perseguição contra Bolsonaro e contra a política”.
As falas de Costa Neto ocorrem em um contexto de crescente influência dos EUA na política interna do Brasil. Donald Trump e membros de sua equipe têm defendido publicamente Jair Bolsonaro, alegando que ele é vítima de uma “caça às bruxas” e que Alexandre de Moraes age contra a liberdade de expressão. Nos últimos meses, os EUA anunciaram retaliações econômicas contra o Brasil, como uma tarifa de 50% sobre importações, uma investigação comercial contra o Pix e sanções financeiras contra Moraes.
A Polícia Federal (PF), por sua vez, indiciou Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro por coação e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. A investigação da PF aponta que Eduardo teria agido junto ao governo Trump para incentivar sanções contra o Brasil e autoridades, incluindo Moraes. Além disso, mensagens obtidas pela PF revelam que Bolsonaro pediu orientações a um advogado norte-americano ligado a Trump sobre como reagir às sanções. Para os investigadores, esse diálogo mostra uma submissão aos interesses de outro país.
Em breve, o ex-presidente será julgado no STF pela sua suposta participação na “trama golpista”, com o início do processo marcado para 2 de setembro. Ele e outros oito aliados, incluindo ex-ministros e militares, são acusados de crimes como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. A defesa de Bolsonaro afirmou ter sido pega de surpresa com o indiciamento e que prestará todos os esclarecimentos necessários.