GUANAMBI – O delegado Rhudson Silva Barcelos, responsável por conduzir as investigações do assassinato da técnica de enfermagem Alcione Malheiros Teixeira Ribeiro, 42 anos, e de sua filha, Ana Júlia Teixeira Fernandes, de 16 anos, foi afastado do caso pela 22ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin).
A informação foi confirmada ao Portal Folha do Vale na noite de quarta-feira (15), pelo coordenador Clécio Magalhães. O delegado foi afastado apor conceder uma entrevista à imprensa na terça-feira (14), com falas consideradas machistas.
De acordo com Clécio Magalhães, as investigações serão comandadas pelo delegado titular da 22ª Coorpin, Giancarlo Giovani Soares. O delegado Rhudson Barcelos foi responsável pela prisão de Marco Aurélio da Silva, 36 anos, autor do duplo homicídio.
PROTESTO
Além de ser criticado nas redes sociais, o delegado foi alvo de um protesto na noite de terça-feira. Uma multidão se reuniu na frente da Sede da 22ª Coorpin exigindo respeito. Na noite de quarta-feira, um novo protesto foi realizado na delegacia pedindo o aprofundamento nas investigações.
NOVO PROTESTO
Uma passeata foi agendada para sábado 18 de dezembro, às 8h, no Marco Zero, em frente ao Memorial Casa de Dona Dedé. A passeata percorrerá ruas da cidade com as presenças de familiares e amigos das vítimas.
NOTA OAB
No início da tarde de quarta-feira, a Diretoria Executiva da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção de Guanambi, emitiu uma nota de repúdio contra o comportamento do delegado da 22ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), Rhudson Silva Barcelos.
POLÍCIA MILITAR
O delegado atacou integrantes da Polícia Militar, principalmente o comandante do 17º Batalhão de Polícia Militar (17º BPM), tenente-coronel Arthur Mascarenhas. Barcelos minimizou o trabalho da PM no caso e exaltou o trabalho da Polícia Civil como único responsável pela elucidação do crime.
Mascarenhas disse que sociedade é extremamente machista e falas como as do delegado são como se fosse uma chancela para abusadores. “As mulheres não podem se calar, de tamanha crueldade que elas foram vítimas”, comentou.
Informações: Folha do Vale